A influenciadora digital potiguar Kannanda Camila foi presa nesta quarta-feira (28) durante a terceira fase da Operação Jackpot, deflagrada pela Polícia Civil do Rio Grande do Norte. Ela é investigada por integrar um esquema de divulgação e aliciamento relacionado ao polêmico “jogo do Tigrinho”, considerado uma prática ilegal de apostas online.
De acordo com as autoridades, Camila atuava em conjunto com sua própria irmã e um barbeiro, em uma rede estruturada para atrair vítimas com promessas de lucro fácil, administrar grupos virtuais e lavar o dinheiro obtido por meio de salões de beleza. O trio, segundo as investigações, movimentava valores milionários.
A operação resultou em três prisões preventivas e no bloqueio judicial de R\$ 5 milhões em contas bancárias, veículos e outros bens. Durante as buscas, foram apreendidos carros de luxo, perfumes importados, joias, bolsas de grife e relógios Rolex — indícios do alto padrão de vida financiado pelos lucros do esquema criminoso.
A Polícia Civil afirma que os investigados usavam suas redes sociais para enganar seguidores, prometendo ganhos rápidos por meio das apostas. Camila, que acumulava milhares de seguidores em plataformas digitais, seria a principal “vitrine” do grupo, usando a influência para dar credibilidade ao suposto “método de enriquecimento”.
Os três detidos devem responder por associação criminosa, lavagem de dinheiro, exploração de jogos de azar, entre outros crimes previstos no Código Penal.
A Delegacia de Repressão à Lavagem de Dinheiro informou que novas fases da operação estão previstas e poderão atingir outros influenciadores e colaboradores do esquema.
“Nosso objetivo é desarticular toda a cadeia criminosa por trás dessas apostas ilegais que vêm lesando milhares de pessoas em todo o país”, declarou um dos delegados responsáveis.
A defesa de Kannanda Camila ainda não se pronunciou oficialmente sobre o
Jair Sampaio